domingo, 23 de setembro de 2012

A tangibilidade da abstração

A tangibilidade da abstração



Poemas se concretizam mundo afora.
Embora não possa tocá-los,
Tocam-me.

Mudam-se os rumos, os prumos.
Aprimoram-me, e mudo o redor.

A concretização não se toca,
Embora perceba as maravilhas que faço através deles.



Escrito por Yuri Manique
Às 6h20min
Em 29/06/2008




domingo, 2 de setembro de 2012

Perspectivas



O nada me aguarda.
Ansiosamente o aguardo sem perspectivas.

O vazio é a respostas minhas indagações.
O branco pede espaço à escuridão.
A névoa de pensamentos permeia a solução esperada.

Já é dia.
É um novo momento de recomeço,
Embora o nada continue a existir.



Escrito por Yuri Manique
Às 21h30min
Em 26/06/2008

domingo, 19 de agosto de 2012

Pequena carta de lembrança



Há quanto tempo não a vejo?
Há quanto tempo não a beijo?

Há muito desejo!

Ah! Teu beijo!

Pequena carta de lembrança
Fortalece a esperança
Que tenho na crença
Da perseverança
De meu palpável sentimento
Amoroso.

Ah! Meu amor.

Yuri Manique
19/04/2008

domingo, 12 de agosto de 2012

Admirável bicho novo



Admiro-me com minha natureza:

Comportamento regulado por hormônios:
O sim ou não transmitido por neurônios:

A Lei do tudo ou nada.
Sou bicho-máquina.

Escrito por Yuri Manique
Em 19/04/2008

domingo, 5 de agosto de 2012

Fome d’alma


É da fome que o Homem se alimenta.

Não há sabor de maçã,
Morango ou menta.

É o vazio sobre a mesa.
Sobre a mesa é o vazio.

Não há comida para o meu corpo,
Que,
dado como morto,
dorme.


Escrito por Yuri Manique
Em 17/04/2008

domingo, 22 de julho de 2012

Fluxos de pensamento


Concorro com a caneta.

Os pensamentos concorrem com ela.
Fluem num fluxo de idéias ainda virtuais.

Corre, tinta, corre!

Não as alcançam.

Velocidades tremendas!

Nem os dígitos das máquinas de datilografar as acompanham,
Quiçá as dos dígitos dos teclados dos computadores.

Ah!
Não desisto...
Um dia a telepatia será psicografada.

Escrito por Yuri Manique
Em 15/04/2008

domingo, 15 de julho de 2012

Criação de cobras

São pás.
São braços que movimentam as construções.

Instruções de lá e de cá.

Para que nada ocorra de errado, lápis e caneta.

-Escreva, doutor, como você quer a obra.

As pás os cobram.
Os cobras se criam.


Escrito por Yuri Manique
Em 15/04/08