Deixei meus sapatos à sapateira.
Não preciso deles.
Não há buracos.
Não Há percalsos.
As sandálias me suprem.
Também posso pisar descalço.
A liberdade não é algo distante.
Posso ver no solo pegadas firmes de segurança.
Pelas largas ruas caminho sem direção, sem destino.
Sem alguma culpa procuro meus erros.
Mas não há erros nem acertos.
O que existe é apenas uma pessoa.
Escrito por Yuri Manique
Em 03/04/2008
domingo, 29 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Conta-ataque
Inimigos batem às muralhas do forte.
A cortesia não me permite educar.
São notáveis os rojões a ruir.
Ruínas são seus objetivos?
O mar se abre à caçada.
Não há continuidade do ataque.
Já não é tão azul o líquido que rosna branco a quem lhe pergunte:
-Alguém tem fogo?
Escrito por Yuri Manique
Em 27/03/2008
A cortesia não me permite educar.
São notáveis os rojões a ruir.
Ruínas são seus objetivos?
O mar se abre à caçada.
Não há continuidade do ataque.
Já não é tão azul o líquido que rosna branco a quem lhe pergunte:
-Alguém tem fogo?
Escrito por Yuri Manique
Em 27/03/2008
domingo, 15 de abril de 2012
Daquelas que se vendem em filmes
Descalço os pés e posso senti-los latejar
O cheiro está próximo dos esgotos, mas não uso talco - um pó branco que [mais parece produto de apagar incêndios - neles
Prefiro sandálias , apesar de o chulé ser quase o mesmo.
Escrito por Yuri Manique
Em 26/03/08
domingo, 8 de abril de 2012
Sentimentalismo analógico-digital
As letras dramatizam os roteiros digitais transcritos pelas pontas [dos dedos das mãos sem melodramas.
E elas, não lembradas neste momento,
deleitam a dor de dizer que não queriam mais ser mãos,
não fossem os mesmos dedos.
Agora chamem-se os punhos, que, postos a teu favor,
latejam como lágrimas escorridas após uma declaração de amor.
Escrito por Yuri Manique
Em 25/03/2008
domingo, 1 de abril de 2012
Meu coração está seco
A comida está posta a mesa, mas não sinto fome.
O momento está escrito no instante e com letras rasgadas rabisca [o relógio e tudo se traduz em números:
Trinta e três.
Dezessete.
Catorze.
- Água neles.
- E borracha no agora.
- Alimento pra minh’alma, tome.
Escrito por Yuri Manique
Em 18/03/2008
Em 18/03/2008
Carisma
Você quer que eu queira querer.
Que eu queira querer eu quero.
Que eu quero, querida, carinho.
Querer eu quero que você carente me queira.
Escrito por Yuri Manique
Em 16/01/2008
Em 16/01/2008
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