domingo, 24 de junho de 2012

Preciso de tua imprecisão

Preciso, preciso:
Preciso de tua imprecisão.

Jogo com dedos,
Palavras
E com o coração.

Preciso de teu carinho;
Preciso de teu carinho de mão.

Atadas, não assinam;
Soltas, assassinam a solidão.

Silenciosamente quero te ouvir.

Nina,
Menina,
Este livre menino.


Escrito por Yuri Manique
Em 09/04/08

domingo, 17 de junho de 2012

Peso-pena

Palavras amenas.
Palavras pequenas.
Palavras.
Gradação.

Às vezes inóspitas ao vento.

Pugilistas estão na luta:
É briga, é fogo.
Mas tudo ocorre em paz.


Escrito por Yuri Manique
Em 08/04/2008

domingo, 3 de junho de 2012

Que não se passem de fantasias

Fantasia tua, fantasia minha.
Fantasmas?

Imaginação mente-oral.
Pensamentos que não eclodem explosões sonoras.

Entrave linguístico que acalenta meu ser.
Calor com pancadas de chuva e interferência sensitiva.

Sinta.


Escrito por Yuri Manique
Em 06/04/08

domingo, 27 de maio de 2012

Liberdade


As crianças estão sós.
Passeiam livremente pelas calçadas, pelas ruas.

Há sinalização indicativa das permissividades.

O dia é alegre e ensolarado.
Há possibilidade de chuva, mas não precisam de bengalas protetoras.

Água de cima não faz mal:
Irriga a terra e os sonhos de verdes esperanças.

A volta é tranquila.
Não há trovoadas e os pássaros cantam indicando sua passagem.
Alegres, os meninos conversam qualquer algo; o assunto não importa.

A felicidade reina em suas presenças.
A volta – não se sabe quando, já é esperada por seus familiares.
Sua chegada é amena e seu trânsito eficaz.
Benditos jovens.

Escrito por Yuri Manique
Em 05/04/2008

domingo, 13 de maio de 2012

Decisões

As possibilidades,
Muitas.
As opções,
Poucas.

O mundo é maior que eu,
Mas não me surpreendo.

Esquerda,
Direita,
Em frente.

Rédeas espontâneas.
O controle efetivo não afeta.

O fato é feito de escolhas.
Paro.

Escrito por Yuri Manique
Em 04/04/2008

domingo, 6 de maio de 2012

Períodos despertos

Não consigo dormir.
São noites sem sono.
São dias sem sonhos.
São períodos despertos.

Não há vida noturna.
Não há vida diurna.

As tardes são minha vida.
Vésper, a estrela da tarde, que me guia.

O exame é contínuo e prolongado.

Sono venha e me deixe dormir nos braços de Morfeu.

Escrito por Yuri Manique
Em 03/04/08

domingo, 29 de abril de 2012

Passos

Deixei meus sapatos à sapateira.
Não preciso deles.

Não há buracos.
Não Há percalsos.

As sandálias me suprem.
Também posso pisar descalço.

A liberdade não é algo distante.
Posso ver no solo pegadas firmes de segurança.

Pelas largas ruas caminho sem direção, sem destino.

Sem alguma culpa procuro meus erros.
Mas não há erros nem acertos.

O que existe é apenas uma pessoa.

Escrito por Yuri Manique
Em 03/04/2008